Muita gente se diz de direita, e até pensa como alguém de direita. Valoriza a família, acredita no esforço individual, é contra o Estado mandando demais e desconfia das ideias socialistas.
Mas, mesmo assim, acaba caindo em armadilhas e repetindo a cartilha da esquerda sem nem perceber.
A verdade é que a esquerda não venceu só nas urnas. Ela dominou o jeito de falar, de pensar, de ver o mundo. Mudou o vocabulário das escolas, das universidades, da cultura, da mídia e até dos cursos oficiais do governo.
Hoje tem curso do Senado ensinando sobre política e sociedade com base em autores socialistas modernos, como Michael Hardt, Antonio Negri, Perry Anderson e outros. Todos defendem ideias da nova esquerda global, e tratam conceitos como “pós-materialismo”, “valores culturais” e “comum” como se fossem neutros, técnicos e naturais.
Mas não são.
São instrumentos para reprogramar a cabeça das pessoas, suavemente, sem que elas notem.
E sabe o que é pior?
Gente de direita estuda esses textos, acha “interessante”, repete as palavras, compartilha os conceitos, e vai, pouco a pouco, pensando como a esquerda, mesmo sem querer.
É assim que você vê pessoas bem-intencionadas, cristãs, conservadoras, patriotas, usando termos como “lugar de fala”, “inclusão social”, “identidade cultural”, “protagonismo social”, achando que estão falando bonito, quando na verdade estão reforçando a agenda ideológica do outro lado.
E o problema vai além da linguagem.
Vai também pra onde está o foco da atenção.
Enquanto o Brasil está sendo entregue à China, com setores estratégicos passando para controle estrangeiro,
Enquanto o INSS se transforma no maior escândalo de corrupção da história recente,
Enquanto o Estado cresce, os direitos individuais encolhem e a liberdade se torna exceção,
As manchetes, os grupos de WhatsApp e até parte da direita só falam do tal “bebê reborn”.
É claro que o caso é absurdo. Mas ele é só isso: uma distração simbólica.
Um absurdo calculado para tirar o povo do que realmente importa.
E a direita, em vez de apontar o teatro, entra no teatro. Compartilha a pauta, dá ibope, discute a espuma enquanto a estrutura afunda.
A esquerda é mestre em manipular indignação.
Ela cria absurdos simbólicos para provocar reação, E enquanto a direita se revolta com bonecas, ela passa leis, distribui verbas, coopta instituições e altera o senso comum.
É por isso que não basta se dizer de direita.
É preciso acordar. Prestar atenção.
A linguagem que você usa, o foco que você dá, o conteúdo que você espalha, tudo isso forma a base da sociedade que você vai deixar pro seu filho.
Quem pensa com as palavras da esquerda, mesmo sem querer, ajuda a construir o mundo da esquerda.
Por isso, se você é de direita de verdade, fale como tal. Pense como tal. Esteja presente.
Não ceda só pra parecer legal. Não repita só porque está todo mundo falando.
Não perca a guerra das ideias por distração.
Você não precisa gritar.
Só precisa estar desperto.
Como é necessário fortalecermos nosso homem interior. Proteger nossa mente de discursos e pessoas manipuladoras. Um árduo trabalho!